A história do Xamanismo começa com a própria história do FOGO, no infinito tempo ancestral, com as primeiras "iniciações" (educações espirituais).
Os encontros espirituais com o sacramento conhecido como Ayahuasca originam-se na Floresta Amazônica, no xamanismo brasileiro e sul americano. Primeiro com os Incas, no Peru, em inúmeras tribos indígenas na Amazônia peruana e brasileira, e, mais recentemente, no Brasil, no Acre, através da socialização do uso da Ayahuasca pelo Mestre Raimundo Irineu Serra, que ensinou o seu preparo e a forma de usá-la de forma responsável e em contexto espiritual.
Muitos foram os inícios da consciência da evolução espiritual, tanto no deserto, como nas montanhas, nos rios e agora na floresta, onde a Luz do Criador ilumina o chamado espiritual do despertar do adormecimento da alma por meio da elevação da consciência.
Muitos são os caminhos do saber que a humanidade conheceu, uns rápidos, outros cheios de provas, missões, devoções, expiações, obras de caridade. Outros, como o caminho da floresta, são de muito trabalho e amor pela natureza, incluindo o ser humano como parte dela, em que cada um faz a sua caminhada sem deixar marcas no chão. A Floresta nos aponta o caminho, basta prestarmos atenção, alertas, olhando em volta enquanto caminhamos, contemplando o céu e a terra, no eterno presente.
Somos todos oriundos da mesma fonte, bebemos da mesma água limpa e farta da Grande Mãe Natureza, que num dado momento mistura o mar e o rio, a água doce e a água salgada, a areia e a terra, para depois separar em ciclos de vazantes e cheias.
Na compreensão do que é a Floresta, buscamos entender a VIDA tanto na individualidade como na diversidade, seus mistérios de luz e sombras, de constantes novas criações, que abrigam a todos e a tudo.
Chá produzido a partir da combinação do Cipó Banisteriopis Caapi (Jagube) com o arbusto Psychotria Viridis (Chacrona).
Considerada a maior bebida de poder da humanidade, celebrada como Planta Mestra, é usada há séculos pelos povos da Floresta Amazônica.
Entre tantos outros nomes também é chamada de:
-
Cipó (waska) do Espírito (Aya) na língua quíchua
-
Ouro Líquido
-
Vinho das Almas
-
Vegetal
-
Daime
-
Lagé
Os motivos que fazem aumentar o seu prestígio são muitos, sobretudo os inúmeros depoimentos sobre seus benefícios; tanto espirituais como emocionais, mentais, físicos e sócio-culturais.
O crescimento do Cipó e da Chacrona pode demorar anos. Seu Feitio exige cuidados especiais e muita paciência, além de muita oração. No passado, o Cipó e a Chacrona eram encontrados somente na Floresta Amazônica. Hoje existem plantações e cultivo em várias regiões do Brasil, para uso restrito das Igrejas.
O caminho para onde a Ayahuasca aponta e conduz é o do despertar, o chamado espiritual por meio do contato com o divino.
No entanto, a mediunidade, a paranormalidade, a captação, ou qualquer que seja o nome dado ao canal aberto para a consciência no caminho da evolução espiritual, é apenas o início de uma longa jornada rumo ao Saber, no aprendizado do caminho reto para o Criador, através da Luz e do Amor.
O movimento filosófico e religioso iniciado pelo MESTRE RAIMUNDO IRINEU SERRA, que se espalha pelo mundo todo, representa hoje uma importante parte da Cultura da Floresta Amazônica.
Trouxe avanços impensáveis, como a participação das mulheres, das crianças e de todas as pessoas no caminho do autoconhecimento e da pacificação.
Contribuiu para a valorização dos saberes presentes na cultura brasileira em sua mais rica pluralidade, unindo o conhecimento dos indígenas nativos, das tradições africanas e das religiões judaico cristãs.
Como árvore forte que sombreia, produziu sementes que geraram bons frutos. O Centro de Estudos Xamânicos de Expansão da Consciência Porta do Sol é fruto desta semeadura, que continua a se desenvolver no solo fecundo do novo tempo que se inicia no alvorecer do século XXI.