ESPIRITUALIDADE E RELIGIÃO

Quando me perguntam quais são os princípios da Porta do Sol, explico que buscamos a espiritualidade, visamos a auto-educação, a automotivação a partir da própria essência espiritual e isto nada tem a ver com misticismo ou religião.

O conceito de espiritualidade possui elementos comuns a todas as grandes religiões como o amor, o livre arbítrio, a fé, a ética, a verdade, a bondade, a beleza, a fraternidade e a liberdade. Desenvolver dentro de si os sentimentos de devoção perante a verdade, a sabedoria e a vida, é maravilhoso porque melhora muito a nossa existência.

Desenvolver qualidades que proporcionem condições de fazer com que os sonhos se tornem reais é a busca dos seres humanos, visto que toda a realidade começa em nossos sonhos.

Em geral buscamos realizar aquelas coisas que sonhamos um dia, muitas vezes até sem ter consciência de que as desejamos. Isto nada tem a ver com religião, mas com o espirito. O buscador procura uma razão maior para a vida, comprometido com valores éticos e morais, a fim de poder contribuir com a paz em sua vida, com a sociedade e com o mundo. Estou convencida de que o encontro com a Luz ou Deus nada tema a ver com religião, mas com espiritualidade.

Não é o tipo de religião que eleva e transforma o ser humano, mas o desenvolvimento dos valores espirituais existentes dentro de cada pessoa. Todo ser humano deseja ser feliz, viver com saúde, longamente e com dignidade, realizar seus sonhos, ter uma agradável moradia e morrer de morte natural cercado de familiares e amigos.

O ser humano busca a felicidade, a alegria e o amor, não importa a religião que siga ou se não siga nenhuma. Se encontrar três coisas é porque encontrou a Luz ou o que chamaríamos de Deus, reconectou-se com o seu espírito imortal. Qualquer coisa a mais é consequência lógica deste estado naturalmente harmonioso.

Todos deviam buscar essa espiritualidade que parece utópica e não precisar de ameaças de fogo eterno ou de castigos depois da morte para serem pacíficos, não fazer guerra nem escravizar nada nem ninguém, não gerar dor e sofrimento por ganância, egoísmo ou inveja.